Cherry - Um triângulo amoroso em família

Nome: Cherry 
Classificação indicativa: 16
Ano: 2010
Sinopse: Um universitário é convidado para jantar com a mulher mais velha por quem ele está encantado, mas é a filha de 14 anos dela que acaba dando em cima dele. 
Fonte: Netflix

O primeiro post sobre filmes do blog! Yey! 

Sabe quando você lê uma sinopse onde fala um coisa e quando vai assistir o filme a história é outra totalmente diferente? Então, isso aconteceu comigo há alguns dias atrás, mas ao contrário do que vocês estão pensando, não foi uma coisa ruim. O filme foi Cherry, e a sinopse que eu li é essa que está em cima. Antes de ler o resto do post, pare e tente imaginar o filme. Seu gênero, seu enredo… Imaginou? Certo, vamos continuar. Não que a sinopse não esteja de acordo com o filme, está sim, tem um universitário e ele é convidado para jantar com uma mulher mais velha que ele conheceu e sua filha de 14 anos acaba dando em cima dele. O problema é que o filme é bem mais que isso. Quando estava passeando pela Netflix e achei esse filme, achei que fosse de comédia. Não era muito conhecido e por isso resolvi dedicar uma parte do meu tempo a ele. Eu tenho um probleminha com certos filmes: se eu não conseguir gostar dele até a metade ou menos, eu paro de assistir. E isso é um grande problema por quê? Porque na maioria das vezes a melhor parte está no final. Mas enfim, isso quase aconteceu com Cherry. Primeiro porque: não era de comédia, então eu estava meio “continuo, ou não?”. Segundo, era cedo de manhã. Como eu já falei antes, o filme era muito mais profundo do que a sinopse. Eu sei que a sinopse só deve contar o necessário, mas o que não pode acontecer é ela dá a impressão errada do filme. Mas porque toda essa confusão em torno de uma sinopse? Nenhum motivo. Eu só quis desabafar.

Cherry conta a história de Aaron, um calouro universitário que está estudando engenharia, porque todos os homens de sua família foram grandes engenheiros e são bons em descobrir como as coisas funcionam. Além de ser muito bom com cálculos, Aaron carrega consigo um caderno de desenhos e um amor pela arte, mesmo seus pais e seu professor não entendendo isso. Um dia, ele acaba entrando sem querer em uma aula de Artes, onde se envolvia a pintura, e nessa aula conhece Linda, uma mulher um pouco mais velha que os demais, que está decidindo mudar de vida. Linda o convida para jantar em sua casa e Aaron conhece Beth, a filha de 14 anos da mulher mais velha. Aaron gosta de Linda. Beth gosta de Aaron. Aaron gosta de Beth. Com o passar do tempo os três vão criando laços. E os laços vão enrolando-se entre si. 

O filme é tudo isso juntando com umas aulas de Física (tenho um amorzinho por Física), que torna tudo mais bonito. O professor de quem eu falei no início, lança um trabalho para os alunos onde eles terão que provar que conseguem andar sobre a água. Não sei se isso demonstrou alguma metáfora no filme, mas… Deixa no ar.  Ainda juntando com tudo isso, mostra Aaron e sua busca pela perda da virgindade, como qualquer filme que se passa na universidade, onde ele se relaciona com diferentes pessoas e entra em um triângulo amoroso, formado por mãe e filha. A ideia parece um pouco doentia, eu sei, mas o filme é longe de ser doentio. É pura arte. 

O filme mostra o amor de três formas diferentes: a primeira é do ponto de vista de uma criança que acabou de entrar na adolescência e acho que o amor é como um laxante, palavras do próprio filme, onde sua barriga dói ao ver a pessoa amada e você precisa ir ao banheiro. A segunda, é do ponto de vista de um adolescente que está prestes a entrar na vida adulta e que “precisa” perder a virgindade, achando que o amor é muito mais do que parece realmente ser, e por último, o amor do ponto de vista de um adulto: não há mais tanto espaço para o amor adolescente. O amor acaba se tornando algo mais fraternal e às vezes resume-se em apenas algo: o sexo. O filme mostra essas três formas de amor sem explicar o porquê delas. É tudo muito… natural.

A atuação também não fica por baixo. Quando eu vi a Britt Robertson novinha eu quase gritei. Ela atuou muito bem como a adolescente revoltada e rebelde, muitas palmas. Já tinha visto o Kyle Gallner em outros filmes (Jennifer’s Body e A Hora do Pesadelo), mas nunca tinha prestado muito atenção nele. Nesse filme ele realmente se destacou, e não só por ter sido o protagonista.


No final, eu acabei gostando bastante do filme. É um filme inteligente, diferente e bonito. Tem comédia e tem drama, tem uma fotografia belíssima e sem contar nos desenhos que apareciam no filme: muito amor. Não quero que vocês coloquem muitas expectativas no filme, assistam como eu, pois vocês tiraram mais proveito do filme. Entrou para a minha lista de favoritos? Não. Se tornou memorável? Com certeza. 

E o que aprendemos com o filme? Que às vezes é bom saber como as coisas não funcionam. 
Classificação:

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